
Irrigação em Alta: Brasil Atinge 2,2 Milhões de Hectares com Pivôs Centrais
A agricultura irrigada no Brasil está vivendo um dos seus momentos mais promissores. Dados divulgados pela Embrapa em 2024 mostram que a área irrigada por pivôs centrais no país saltou de 1,92 milhão de hectares em 2022 para 2,2 milhões de hectares. Isso representa um crescimento impressionante de mais de 14% em apenas dois anos.
🌱 Por que esse crescimento importa?
A irrigação por pivô central tem se mostrado uma das tecnologias mais eficientes para garantir produtividade, estabilidade e segurança alimentar, mesmo diante das incertezas climáticas cada vez mais frequentes. Em um país onde a agricultura de sequeiro ainda predomina, investir em irrigação é uma forma direta de reduzir os riscos de perdas por estiagens, ondas de calor e irregularidade nas chuvas.
🧭 Centro-Oeste em destaque
Esse avanço é especialmente visível na região Centro-Oeste, com destaque para Goiás, onde municípios como Cristalina aparecem entre os maiores polos de irrigação do Brasil. O bioma Cerrado — que cobre boa parte da região — abriga mais de 70% dos sistemas de pivôs centrais do país, segundo a Embrapa.
Essa expansão se dá, em grande parte, por conta da vocação agrícola da região, da disponibilidade hídrica e dos investimentos em infraestrutura e tecnologia no campo.
💧 Água: abundância que exige gestão
Apesar de o Brasil possuir cerca de 12% da água superficial do planeta, a expansão da irrigação traz à tona a necessidade de gestão responsável dos recursos hídricos. A maior parte dos sistemas de irrigação utiliza água das bacias dos rios Paraná e São Francisco, e a sustentabilidade a longo prazo depende de uma abordagem equilibrada entre produção e preservação.
📈 O que vem pela frente?
A tendência é de que a área irrigada continue crescendo nos próximos anos, impulsionada por:
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A busca por maior produtividade por hectare;
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A necessidade de enfrentar os efeitos das mudanças climáticas;
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O uso crescente de tecnologia de precisão e sistemas automatizados de irrigação.
No entanto, esse crescimento precisa vir acompanhado de planejamento, políticas públicas e capacitação técnica, para garantir que a irrigação seja um motor de desenvolvimento sustentável — e não um fator de esgotamento dos recursos naturais.
Fonte: Embrapa/UOL Noticias