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agosto 2025
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POR: Pivot

Irrigação em Alta: Brasil Atinge 2,2 Milhões de Hectares com Pivôs Centrais

A agricultura irrigada no Brasil está vivendo um dos seus momentos mais promissores. Dados divulgados pela Embrapa em 2024 mostram que a área irrigada por pivôs centrais no país saltou de 1,92 milhão de hectares em 2022 para 2,2 milhões de hectares. Isso representa um crescimento impressionante de mais de 14% em apenas dois anos.

🌱 Por que esse crescimento importa?

A irrigação por pivô central tem se mostrado uma das tecnologias mais eficientes para garantir produtividade, estabilidade e segurança alimentar, mesmo diante das incertezas climáticas cada vez mais frequentes. Em um país onde a agricultura de sequeiro ainda predomina, investir em irrigação é uma forma direta de reduzir os riscos de perdas por estiagens, ondas de calor e irregularidade nas chuvas.

🧭 Centro-Oeste em destaque

Esse avanço é especialmente visível na região Centro-Oeste, com destaque para Goiás, onde municípios como Cristalina aparecem entre os maiores polos de irrigação do Brasil. O bioma Cerrado — que cobre boa parte da região — abriga mais de 70% dos sistemas de pivôs centrais do país, segundo a Embrapa.

Essa expansão se dá, em grande parte, por conta da vocação agrícola da região, da disponibilidade hídrica e dos investimentos em infraestrutura e tecnologia no campo.

💧 Água: abundância que exige gestão

Apesar de o Brasil possuir cerca de 12% da água superficial do planeta, a expansão da irrigação traz à tona a necessidade de gestão responsável dos recursos hídricos. A maior parte dos sistemas de irrigação utiliza água das bacias dos rios Paraná e São Francisco, e a sustentabilidade a longo prazo depende de uma abordagem equilibrada entre produção e preservação.

📈 O que vem pela frente?

A tendência é de que a área irrigada continue crescendo nos próximos anos, impulsionada por:

  • A busca por maior produtividade por hectare;

  • A necessidade de enfrentar os efeitos das mudanças climáticas;

  • O uso crescente de tecnologia de precisão e sistemas automatizados de irrigação.

No entanto, esse crescimento precisa vir acompanhado de planejamento, políticas públicas e capacitação técnica, para garantir que a irrigação seja um motor de desenvolvimento sustentável — e não um fator de esgotamento dos recursos naturais.

Fonte: Embrapa/UOL Noticias

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