Natal solidário arrecada fundos para conclusão do Hospital de Câncer do Noroeste Mineiro
Como realiza todos os anos, a Pivot Máquinas Agrícolas e Irrigação – líder no Brasil em sistemas de pivôs centrais e maquinário agrícola – deu início a sua campanha Natal Solidário com o tema “Vaquinha do Amor”. Diferente de anos anteriores, ao invés de arrecadar roupas, alimentos e brinquedos, a empresa foca neste ano toda sua campanha numa importante iniciativa: apoio à conclusão das obras do Hospital de Câncer do Noroeste Mineiro – HOCANOM – em Unaí (MG).
“Em virtude dos efeitos da pandemia, que atingiu muitas famílias, a Pivot realizou várias ações solidárias de doação de alimentos a entidades assistenciais ao longo deste ano. Então, para o Natal, decidimos mobilizar colaboradores, fornecedores e clientes para se engajarem numa ação maior e focada numa entidade, no caso Hospital de Câncer do Noroeste Mineiro”, explica a gerente de marketing da Pivot, Emília Ferreira, ao informar que a empresa criou uma conta bancária exclusiva para que colaboradores, parceiros e fornecedores façam suas doações e as mesmas sejam revertidas para as obras do hospital.
As doações de qualquer valor podem ser feitas para conta 47848-4, agência 656, Banco Itaú ou pela chave pix 62982391777. A arrecadação vai ocorrer ao longo de todo o mês de dezembro. Para divulgar a campanha, a Pivot também está realizando uma ampla campanha de divulgação em várias plataformas de redes sociais.
Sonho de um produtor
Já em fase de acabamento, o Hospital de Câncer do Noroeste Mineiro começou a ser construído em 2016, mas o projeto começou 10 anos antes, e nasceu do sonho de um produtor rural de Unaí, Miguel Ferreira Rodrigues. Em 2005, então com 52 anos, ele havia sido diagnosticado com câncer na próstata, bexiga, reto e bacilo, e ao sentir na pele a dificuldade em ter que se locomover periodicamente centenas de quilômetros até o Hospital de Barretos, no interior de São Paulo, onde fez seu tratamento, decidiu que buscaria apoio e parcerias para construir um centro de tratamento contra o câncer em Unaí.
Após vencer a fase inicial do tratamento, Miguel criou a Associação Noroeste Mineiro de Estudos e Combate ao Câncer (ANMECC), que seria então o embrião dessa grande obra. A entidade foi criada com o objetivo de orientar pessoas com câncer, na intenção de amenizar a dor daqueles que tinham a doença, e que assim como ele, precisavam viajar centenas de quilômetros para conseguirem tratamento.
Em outubro de 2009 o sonho de construir o hospital começou a se concretizar, quando a Prefeitura de Unaí doou um terreno de 17 mil m² para a obra. Mas, infelizmente, na mesma época, Miguel Rodrigues acabou falecendo em virtude do câncer. Entretanto, o sonho do Hospital de Câncer do Noroeste Mineiro continuou vivo e hoje é realidade, graças especialmente ao empenho da esposa Silvone Francisca de Oliveira, que deu prosseguimento à luta do marido e atualmente integra a diretoria da ANMECC.
“Em 2008, meu marido teve a ideia de construir o hospital aqui em Unaí, para aliviar o sofrimento das pessoas que não tinham acesso a nenhuma assistência ou eram obrigados a ir para outros Estados para poder se tratar. A partir de então ele correu atrás do projeto, do terreno e mesmo depois, quando ele foi morar com Deus, a diretoria da ANMECC continuou os trabalhos”, conta Silvone em depoimento gravado para o vídeo institucional da campanha Natal Solidário da Pivot.
Estrutura
O HOCANOM contará com um centro de diagnóstico e terapia, com capacidade para atender mais de 1 mil pessoas por dia; unidade ambulatorial, cuja meta será atender 640 pacientes diariamente; unidade de imagenologia, onde deverão ser realizados cerca de 200 exames por dia; e ainda unidade da quimioterapia, com capacidade para atender, em média, 180 pacientes diariamente.
O hospital foi projetado para atender a população de 19 municípios do Noroeste de Minas, sendo eles: Arinos, Bonfinópolis de Minas, Buritis, Cabeceira Grande, Dom Bosco, Formoso, Natalândia, Unaí, Uruana de Minas, Brasilândia de Minas, Guarda Mor, João Pinheiro, Lagamar, Lagoa Grande, Paracatu, Presidente Olegário, São Gonçalo do Abaeté, Varjão de Minas e Vazante.
De acordo com estimativas da Organização Mundial de Saúde (OMS), o câncer já é uma das principais causas de morte antes dos 70 anos em 112 dos 183 países signatários da entidade. No Brasil, o número de novos casos foi de 522.212 em 2020, com aproximadamente 260.000 mortes por câncer.